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Setor de Vigilância Ambiental em Saúde
Atualizado em: 02/08/2025 às 06h39
Dengue
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Programa Municipal de Controle do Aedes aegypti.
 
O Programa de controle do vetor foi implantado no município em 2000, época em que não se encontrava nenhum exemplar de Aedes aegypti. No ano de 2008, foram encontrados 2 focos isolados do vetor em armadilhas dos bairros Parque Eldorado – 1ª parte e Centro. Estas ocorrências tiveram indícios de que o mosquito provavelmente teria chegado ao município através da circulação de automóveis e caminhões nas rodovias ou pelo fluxo de moradores entre a capital e os bairros citados. Neste caso, leva-se em consideração a proximidade com municípios que já apresentam grandes populações do vetor.
Nos anos subseqüentes ocorreram situações semelhantes, cujas quantidades de focos são expressas na tabela a seguir:

Ano Localidade Positivada Metodologia Data
2008 0007 – Parque Eldorado armadilha Não registrado
  0008 – Itaí armadilha Não registrado
2009 0008 – Itaí armadilha 28/12/2009
2010 0024 – Centro armadilha 11/01/2010
  0008 – Itaí PE 25/05/2010
2011 0030 – Asmorio armadilha 22/02/2011
  0028 – Residencial Novo armadilha 21/03/2011
  0024 – Centro PE 04/04/2011
2012 0024 – Centro armadilha 06/02/2012
  0036 – Cidade Verde armadilha 17/04/2012
  0040 – Progresso armadilha 19/04/2012
  0024 – Centro armadilha 23/04/2012
  0008 – Itaí PE 04/05/2012
  0024 – Centro armadilha 11/06/2012
  0007 – Parque Eldorado armadilha 31/10/2012
2013 0024 – Centro PE 29/01/2013
  0024 – Centro PE 22/02/2013
  0024 – Centro PE 01/03/2013
  0010 – Picada Sul armadilha 13/03/2013
  0028 – Residencial Novo PE 28/03/2013
  0024 – Centro PE 02/04/2013
  0024 – Centro PE 11/04/2013
  0024 – Centro PE 11/04/2013
  0036 – Cidade Verde PE 11/04/2013
  0024 – Centro PE 25/04/2013
  0036 – Cidade Verde PE 12/05/2013
 
Com estes casos foi possível entender o tamanho do risco que o município corria de tornar-se infestado e, consequentemente, favorável a uma futura epidemia. Inicialmente a preocupação era a dengue, entretanto a partir de 2015 também foram relacionadas a este vetor as doenças chikungunya e zika.
Então, finalmente, no dia 03 de maio de 2013 o município foi considerado “infestado” de Aedes aegypti através do Ofício Circ. Nº 08/2013 da 2ª Coordenadoria Regional de Saúde (2ª CRS). Esta condição se deu devido às ocorrências e visto a incapacidade da equipe de controle do vetor para evitar que os focos se espalhassem pelo município.
Em janeiro de 2015, o processo seletivo para ACE’s foi realizado novamente, passando por todas as etapas de seleção previstas na legislação municipal para contrato emergencial (exatamente igual ao primeiro processo seletivo). Entretanto, a efetiva contratação dos novos funcionários só se deu em maio/2015, quando entraram mais 10 agentes.
Claramente, o trabalho de controle vetorial realizado pelos ACE’s surtiu efeito, diminuindo a tendência ao crescimento populacional do Ae. aegypti no município. Salienta-se que de janeiro a maio de 2015 o município não dispunha dos profissionais de campo.
Novamente, em 2016 foi necessário realizar todo o processo seletivo para o ingresso dos ACE’s, desta vez sendo necessário aumentar para 13 vagas. Os novos funcionários, ainda sob regime de contrato emergencial, assumiram suas atividades em maio/2016. Muitos foram selecionados pela primeira vez, desprovidos de experiência.
Neste ano o país enfrentou uma epidemia de Zika, uma doença igualmente transmitida pelo Ae. aegypti que teve o início de sua circulação no país no ano de 2015 e que está relacionada ao aumento de casos de microcefalia no Brasil. Em 2016, até a semana 49 foram registrados um total de 211.770 casos em todo o território brasileiro, sendo 956 na região sul (http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/situacao-epidemiologica-dados-zika). O aumento de casos desta doença forçou a uma mudança de estratégia no combate ao vetor e na alimentação de dados para o Ministério da Saúde.
Desta forma, foi criado o Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia (PNEM), resultado da criação do Grupo Estratégico Interministerial de Emergência em saúde Pública de Importância Nacional e Internacional (GEI-ESPII), que envolve 19 órgãos e entidades. Desde então, a recomendação estratégica tem sido a promoção de saneamento ambiental como mutirões de limpeza urbana. Os dados municipais são transferidos semanalmente através de programas específicos do FormSUS.
Abaixo, um gráfico mostrando a evolução da infestação ao longo dos anos:
Desde 2018, o município segue com infestações em praticamente todos os bairros, tendo hoje (2022) vagas para 10 ACE’s concursados. No verão de 2022 (janeiro a abril), quando ocorreu um surto de dengue no Rio Grande do Sul, o município chegou a registrar 192 focos. Esse registro só foi possível graças ao trabalho dos Agentes de Combate a Endemias, que fizeram a pesquisa criteriosa. Foi aplicado larvicida sempre que possível a fim de diminuir as infestações, além de orientar a população a não deixar água parada. O recolhimento do lixo era realizado regularmente no município.
As populações de mosquitos são dependentes de diversos fatores ambientais, como temperatura, umidade, incidência de luz, disponibilidade de criadouros, entre outros, e a aplicação de venenos deve ser a última alternativa para o seu combate.
Neste sentido faz-se necessário haver um detalhado planejamento da situação de epidemias de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti no município, o que tem sido o foco dos “Planos de Contingência da Dengue”, elaborados anualmente no município desde 2008 e, devido aos riscos, renomeado em 2016 para “Plano de Contingência de Doenças Relacionadas ao Aedes aegypti”.