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Destruída por um incêndio provocado por adolescentes em agosto do ano passado, a Escola Municipal de Ensino Fundamental La Hire Guerra, no Bairro Sans Souci, em Eldorado do Sul, está de cara nova. Depois de quatro meses de reforma, os 700 alunos da educação infantil até o nono ano circulam agora por um prédio novo.

Acomunidade ajudou na recuperação da escola, com doações em dinheiro e também com materiais, como tintas e produtos de limpeza. Segundo o secretário de Educação, Tadeu Bisognin, o custo foi de cerca de R$ 600 mil.

- Quando vimos o estrago, achamos que o valor seria bem maior, de aproximadamente R$ 1 milhão - explicou Tadeu.

A reforma durou quatro meses e terminou em dezembro. As crianças ficaram duas semanas sem aula, até que espaços do colégio foram adaptados como salas. Hoje, ao caminhar pelos corredores, é fácil perceber as modificações, como pinturas recentes nas partes internas e externas e novas portas, armários e cadeiras. A diretora da escola, Fabiana Rodrigues, demonstra entusiasmo.

- Forro, piso, rede elétrica, grades, tudo foi trocado. Com o dinheiro das doações, conseguimos comprar mobiliário, máquina de xerox e ventiladores - contou Fabiana, salientando que a escola ganhou guarda 24 horas.

- Está tudo ótimo, as crianças estão felizes de ver a escola delas toda novinha - completa a diretora.

O ato de vandalismo deixou alunos, funcionários e a comunidade desolados. Um dos prédios teve seis salas de aula parcialmente danificadas pelo incêndio. O setor administrativo não foi atingido pelo fogo, mas teve destruídos computadores, uma máquina de xerox e mobiliário. Todas as salas da escola foram arrombadas. O estrago maior foi no prédio 4, que foi totalmente perdido. No local, havia quatro salas de aula, a sala dos professores, sala de vídeo, materiais de educação física e todos os instrumentos musicais da banda marcial, composta por 40 alunos. A biblioteca também foi atingida, mas, por sorte, os livros não queimaram.

Os dois adolescentes que incendiaram a escola passaram 21 dias na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase), e a Justiça determinou que eles prestassem serviços comunitários.